Alto Paraíso - 28/12/10 a 06/01/2011

O ano de 2010 foi um pouco complicado para mim, por isso em seu ocaso a coisa que eu mais buscava era paz, paz de espírito, com meus sentimentos, com Deus e comigo mesmo.
Alto Paraíso de Goiás me pareceu o lugar ideal para isso. Além de ser um lugar repleto de belezas naturais, também é um lugar bem sossegado na Chapada dos veadeiros. Ademais eu estaria visitando o meu amigo Matheus, vulgo Zoreia, que está morando por lá desde o início do ano de 2010.
O que eu não esperava era encontrar tanta chuva e frio.Então, as cachoeiras tiveram que ficar pra depois.
O Matheus participa de um grupo circense, a Holística Trupe, e iria apresentar um número nos eventos do Reveillon. Então, nos primeiros dias ele esteve muito absorvido nos preparativos. Sem poder sair de casa e sem ninguém para conversar eu acabei tendo muito tempo sozinho, os quais foram aproveitados com muita meditação,oração,leitura da Bíblia.
Posso dizer que esses dias foram de muito proveito para mim pois pude desacelerar o ritmo da minha mente e me voltar mais para Deus e para os meus pensamentos.Quanto aprendizado pude ter apenas buscando a Deus e esperando ouvir a sua voz. Aproveitei para ler o livro do monge alemão Anselm GrÜn,"O Poder do Silêncio", que também me ajudou muito.
Encerrei o ano de 2010,que foi muito conturbado, de forma serena e cheio de planos e motivação. Me sinto mais forte agora.
O reveillon foi muito legal. A cidade organizou o "Reveillon da paz" e durante 3 dias a praça da cidade teve apresentações de circo, shows de diversas bandas e manifestações religiosas as mais diversas. Na noite da virada, após uma apresentação de circo fomos jantar na casa de uns amigos, Sidônio e Lara, e comi um delicioso strogonof de soja.
Na segunda feira, dia 3 de janeiro, eu já estava cansado de chuva e foi ai que pedi a Deus que desse uma trégua de pelo menos 1 dia na chuva para que eu pudesse ir a uma cachoeira antes de ir embora(voltaria para BH na quinta feira).Na terça feira no final do dia percebi um solzinho querendo aparecer e na quarta de manhã, meu último dia inteiro, amanheceu com sol,graças a Deus. Fui a cachoeira de São Bento e nadei e escorreguei um pouco por lá.A noite nos reunimos e comi várias tortillas na minha despedida.
Na quinta de manhã, acordei com um grande temporal e, antes de me lamentar, o meu coração se encheu de alegria e gratidão. Poderia Deus intervir no clima apenas para atender ao pedido de um pequenino como eu, que queria ir a uma cachoeira e, no dia seguinte, a chuva continuar? Claro que sim. Aos que crêem tudo é resposta de oração.
Obrigado Deus!! Obrigado Zuringa!!
Feliz 2011!!!!!!!!!!!!!




Reveillon da Paz


Holística Trupe


Eu com a Holística Trupe



Cachoeira São Bento


Eu, Sayonara, Josi e o filho Salomão

Rio de Janeiro - 12 a 15 de Novembro

Depois da viagem ao Reino Unido, por enquanto pretendo me ocupar de viagens pelo "continente" Brasil.
Depois de mais de um ano que o meu irmão,Daniel, se mudou para o Rio de Janeiro eu tive a oportunidade de ir até lá visitá-lo. Lá fui muito bem acolhido por ele e por sua esposa Julie.
Foram 3 dias muito agradáveis em que pudemos almoçar em Santa Teresa, ir a um samba na Lapa, além de vários outros passeios.
No entanto ainda faltava um em especial, visitar o Cristo Redentor. Mesmo visitando o Rio desde criança eu nunca tinho ido até lá e dessa vez não podia faltar. O mal tempo parecia que não ia cooperar, as nuvens escondiam o Cristo. Mas, no último dia, o tempo melhorou um pouco e eu pude realizar este sonho. Muito lindo!

Dani e Julie, muito obrigado!!

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39 e 40

Sai de Londres na quinta de madrugada e cheguei ao aeroporto com facilidade pelo metro. De lá embarquei para Lisboa.
Cheguei sem reservar nada, deixei para ver tudo na hora.Não recomendo.
Como não aguentava mais carregar mala, deixei ela guardada no aeroporto e peguei um ônibus para o centro, de cara já apareceu um cara me oferecendo haxixe, um pouco a frente outro e mais tarde mais um.
Entrei em uma lan house e procurei albergues na região, achei dois e com o google maps eu anotei as direções.
Segui pela rua obedecendo as coordenadas do Google, mas não achava e já tinha andado bastante. O calor estava muito forte, apareceu uma mulher, provavelmente angolana, e falou que ia me levar em uma pensão, mas tava pedindo dinheiro e com um papo muito ruim.Percebi que o lugar não era bom e sai rápido dalí.
Fui procurar o outro endereço que eu havia anotado, e segui para um lugar bem melhor, cheio de turistas, mas também não achava a rua.Parei em uma pastelaria e já comi um dos famosos pastéis de nata portugueses. Pedi informações e continuei procurando.
O Google me passou umas coordenadas erradas, ou desatualizadas, o que me custou uma caminhada a mais debaixo de um sol fortíssimo.
Quando finalmente achei o endereço percebi que era o prédio do consulado brasileiro, achei que tinha errado mas era alí mesmo, ficava em outro andar.
Nunca fiquei em um albergue tão bom, tem café da manhã, tudo novo, camas boas, cozinha boa, vários banheiros, e o melhor não era mais caro que os outros por isso.
Com o calor que estava fazendo e cansado como estou, fiz turismo de ônibus turísticos e de bondinho. Passei por vários pontos da cidade. Lisboa é muito antiga e com prédios velhos e no estilo que a gente já conhece das nossas cidades coloniais, tem o seu charme.
Na sexta fui de trem até Belém, enfrentei uma bicha (fila) enorme e comprei o meu bilhete. Lá fica um dos pontos mais conhecidos do país, a torre de Belém e o padrão dos descobrimentos.
Os portugueses são mais devagares com o turísmo do que o resto Europa, falta muita estrutura. Nós somos mais parecidos com eles do que eu imaginava.
A tarde mais passeios de bondinhos e pastéis de nata. Gostei de Lisboa, mas o calor tava de matar. Mais um país!!





Passeio de trem elétrico


Torre de Belém

Padrão dos descobrimentos

Bairro do Chiado

Catedral da sé

No alto do morro o castelo de São Jorge

36,37,38

Passei os últimos dois dias em Londres, aqui os dias passam mais rápidos. Amanhã estou indo embora.

Já passei por dois albergues nesses dias e parece que enfrentei uma espécie de carma, do tipo “fez uma mala pesada agora está condenado a ficar sempre nos quartos que o acesso demanda mais escadas”. Bom, sobrevivido a isso, durante esses dias não era mais um turista, não quis fazer nenhum passeio, ou coisa do tipo, com exceção do irresistível British museum que fica a lado do meu albergue. Como já tinha vindo antes dessa vez me dediquei mais a parte grega e mesopotâmica.

Andei bastante pelas ruas, como que me despedindo, assisti filmes, na verdade reví o agente 86 com Steve Carrel e rí muito novamente.

Amanhã vou para Lisboa, onde obrigatoriamente volto a ser turista, tudo é novidade e espero ver coisas belas.

33,34,35

Na quinta feira segui para Fort William, mas foi a mesma coisa de Inverness, mala pesada e nenhuma vaga disponível.Então peguei outro ônibus e fui para Glencoe, um vilarejo no pé das montanhas, muito bonito.Cheguei arrastando a mala e me informei que na cidade haviam dois albergues. Quando me explicaram parecia mais perto, andei por kilometros em uma estrada de terra até encontrar o albergue, mas o primeiro não tinha vagas e o segundo tão pouco.

Não tive escolha a nãoser voltar e concluir que viajar pela Escócia precisa ser de carro. Peguei um ônibus de volta para Edinburgo.Estava um pouco frustrado de não conseguir ficar nas Highlands e escalar uma daquelas montanhas, mas a estrada que o ônibis pega é simplesmente maravilhosa. As montanhas são impressionantes, e com uma vista dessas nunca se poderá dizer que perdeu viagem.

Consolado pelas Highlands voltei para Edinburgo.

Cheguei por volta de 22:00, e fui direto para o albergue que eu estava anteriormente.

O recepcionista me informou que não tinha vaga. Não tinha outro jeito, tinha que pegar a mala e sair procurando um lugar para ficar. Quando já havia descido o primeiro lance de escadas o recepcionista me gritou: “I have one bed now, if you want”..é claro que quis, e fui para o quarto, dessa vez um quarto menor, com apenas quatro camas.

Na sexta eu não fiz nada o dia inteiro, só dei uma caminhada pela cidade. Estava cansado e precisava descansar.

A noite chegaram novos hospedes no meu quarto, primeiro um estadunidense e depois uma espanhola e um sírio.Todos estavam a procura de um lugar para sair, me chamaram e eu fui.

Valeu a pena, eram pessoas muito legais.

No sábado fuiaté Glascow, que fica a apenas uma hora de viagem.É uma cidade bem maior que Edimburgo e inicialmente não estava nos meus planos, mas já que não iria mais para as Highlands, porque não conhecer..

Conheci algumas coisas, como uma igreja medieval que tem por lá..muito interessantee atrás dela a necrópole, um desses cemitérios antigos, tinha uma bela vista.

Depois entrei em um museu das religiões, dei mais um passeio pelas ruas e voltei para Edimburgo.

Quando cheguei, dei um passeio pelo Carlton Hill, um parque com uma vista linda e que eu havia gostado muito.Chovia, mas também fazia sol, pude ver um dos arco-iris mais nítidos e bonitos da minha vida.

Tinha mudado de quarto e agora tinha um israelense e um alemão,chamaram para sair e novamente fui.

Num dado momento da conversa o Israelense tocou no assunto holocausto e perguntou para o alemão se havia um sentimento nacional de culpa pelo ocorrido. O alemão confirmou, ao que o judeu disse: “não sintam culpa, todos tiramos as nossas lições do ocorrido e sigamos em frente”. Interessante a conversa, impressionante como o mundo evoluiu tanto em algumas áreas e involuiu em outras.

Hoje, domingo,estou voltando para Londres a noite. Estou com um pouco de saudades da cidade e resolvi voltar antes.

Mas antes vou conhecer algumas cidades ao redor de Edimburgo.

Glascow

Edimburgo

32- Loch Ness - Continuação

Bom, confesso que o dia tinha sido mais ou menos..o que é inadmissível por aqui, então depois de ir atrás de informações descobri que as ruínas do castelo Urquhart ficavam aqui perto do meu albergue, não sabia o quão perto mas resolvi arriscar uma caminhada apesar de já serem 8 horas da noite..mais uma vantagem daqui escurecer as 10:30..

Caminhei por um caminho bucólico cheio de ovelhas até que, em menos de meia hora, avistei o Lago Ness, grandioso e mais um pouco a frente o castelo. Estava fechado para visitações, então pensei : "vou tirar umas fotos daqui de cima mesmo e depois vou embora". Tirei umas fotos e já estava indo embora quando percebi que várias pessoas chegavam, pulavam a cerca e iam para o castelo que ficava bem na margem do lago. Resolvi fazer o mesmo pois queria muito chegar mais perto.

As ruínas são belas e o cenário no lago Ness mais ainda...gostei demais desse passeio..

Valeu Silvio,pela disponibilidade. Se achar algo pode mandar ..mas de qualquer maneira vou achando meu rumo..